Celebrando Mulheres na Tecnologia: Karolliny Nayra dos Santos Lima

Esta série de relatos celebra jovens mulheres que atuam na Iniciativa openIMIS ao redor do mundo em funções técnicas diversas. As mulheres representam menos de um terço da força de trabalho global em tecnologia, com ainda menor presença em cargos mais altos. Em conformidade com a Política de Desenvolvimento Feminista do BMZ, o openIMIS busca ativamente reduzir essa desigualdade de gênero.

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País: Brasil

Cargo e Organização: Analista de TI, Dataprev

Formação: Bacharelado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e MBA em Análise de Processos de Negócios. Certificada em CSPO.

Sobre a Dataprev: A Dataprev é uma empresa estatal brasileira de tecnologia que gerencia grandes bases de dados e desenvolve soluções de TI para apoiar políticas públicas na área da seguridade social. Seu objetivo é tornar os serviços públicos mais ágeis, acessíveis e eficazes.

Dataprev e openIMIS: A Dataprev possui status de observador no Comitê de Stakeholders do openIMIS e colabora regularmente com a iniciativa. Em julho de 2024, um webinar no Brasil, organizado pelo Secretariado para o Diálogo Digital Brasil-Alemanha, em parceria com a iniciativa Code for Development (Code4Dev) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), apresentou o openIMIS e sua parceria com a Dataprev. Em novembro de 2024, Dataprev e openIMIS realizaram conjuntamente um workshop sobre o openIMIS durante o seminário técnico da Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA).

Como você se interessou por trabalhar com TI?
"Trabalho com tecnologia há quase 18 anos, mas tudo começou quando eu estava saindo do ensino fundamental e um dos nossos professores nos aconselhou fortemente a estudar tecnologia. Levei esse conselho a sério e decidi cursar uma graduação na área. Na universidade, fui inspirada por professoras de TI que realmente me incentivaram a seguir carreira na área. Desde então, atuei em empresas públicas e privadas, desenvolvendo meus conhecimentos e habilidades — por exemplo, em gestão de projetos, análise de processos e inovação — além de buscar certificações e cursos de pós-graduação."

Há áreas onde as mulheres estão sub-representadas na tecnologia?
"A presença feminina na força de trabalho em TI no Brasil certamente poderia melhorar. Quando me formei, havia apenas quatro mulheres na minha turma e quase 30 colegas homens! Embora essa situação esteja mudando para melhor, ainda existem funções importantes nas quais as mulheres são pouco representadas, tais como análise de infraestrutura, de redes de computadores e de segurança da informação — especialmente nos cargos de níveis mais altos."

Quais são os desafios e vantagens de ser uma mulher trabalhando com tecnologia digital?
"Acho que um dos maiores desafios para as mulheres na TI é a autoconfiança. Vejo frequentemente colegas com grande potencial que se preocupam em não atender às expectativas de colegas homens — geralmente em cargos superiores. E embora eu acredite que as mulheres têm grande potencial para serem líderes na área de TI, ainda é mais comum vê-las em funções de apoio. As mulheres são boas comunicadoras — elas trazem suavidade e delicadeza na forma como se comunicam, e essa habilidade natural às vezes é confundida com falta de confiança."

Do que você mais se orgulha em seu trabalho?

"Em vez da palavra 'orgulho', eu diria que sinto ‘satisfação e alegria’. Fico mais feliz quando compartilho meu conhecimento por meio do ensino e da colaboração com outras pessoas. Gosto de trabalhar em equipes onde todos sabem como colaborar com respeito e entusiasmo. Sinto-me privilegiada por poder gerenciar projetos e atuar no desenvolvimento e na entrega de soluções inovadoras que ajudam a resolver problemas da sociedade."